Levantamento das Políticas de Ação Afirmativa nas Universidades Públicas brasileiras (2021) – dashboard
O Gemaa (Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa) substituiu a série “Levantamento das Políticas de Ação Afirmativa nas Universidades Públicas brasileiras” por um dashboard interativo no qual o usuário tem acesso aos gráficos contendo os principais dados acerca da ação afirmativa no Brasil.
Junto com o dashboard lançamos os dados do ano de 2021. Os dados que baseiam o estudo foram obtidos primeiramente por meio de editais de seleção de estudantes, resoluções, termos de adesão ao SiSU e manuais de vestibular voltados aos(às) candidatos(as).
Dentre outros resultados, o Levantamento 2021 mostra que:
1) o número de vagas reservadas caiu tanto nas universidades estaduais como nas federais, sendo que as cotas raciais foram a mais afetadas negativamente em ambos os tipos de instituição;
2) as reservas de vagas sofreram mais redução do que a oferta total nas universidades públicas, o que indica a provável existência de mecanismos perversos que agem no funcionamento dessas instituições ou das políticas, mecanismos que, diante de um cenário de crise, acabam por sacrificar primeiramente as medidas de inclusão;
3) a porcentagem de vagas reservadas regrediu nas universidades públicas de todas as regiões brasileiras de 2020 para 2021, menos nas estaduais situadas no Centro-Oeste, que marcaram um crescimento de 46, 26%;
4) as universidades federais reservam proporção maior vagas que as estaduais em todas as regiões brasileiras, com exceção da Norte;
5) historicamente, as universidades estaduais têm dado mais espaço às cotas sem recorte racial (cotas sociais) do que às raciais, tendência que permanece em 2021; 6) desde 2016, as universidades federais destinam mais vagas às ações afirmativas do que à ampla concorrência (realidade nunca alcançada pelas universidades estaduais), ainda que essa diferença tenha se reduzido em 2021, em relação ao ano anterior.
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